Além do Lobo-Terrível: A Empresa que Quer Reviver 3 Animais Pré-Históricos
Após “ressuscitar” o lobo-terrível , uma empresa está dando um passo além: trazer de volta outras três espécies extintas. Mamutes-lanosos, dodôs e lobos-da-tasmânia podem ser os próximos a retornar à vida graças à tecnologia revolucionária da Colossal Biosciences 1. Mas como isso será feito? E quais são as implicações éticas e ambientais dessa ambição científica?
A Empresa Pioneira na Biotecnologia
A Colossal Biosciences é uma empresa pioneira no campo da biotecnologia, com foco em projetos inovadores de desextinção. Recentemente, ela anunciou o nascimento de três filhotes geneticamente modificados para se parecerem com o lobo-terrível, uma espécie extinta há cerca de 13 mil anos . Esses animais – batizados de Remus, Romulus e Khaleesi – foram criados a partir do DNA de lobos-cinzentos modernos combinados com fragmentos genéticos do lobo-terrível 2.
No entanto, o verdadeiro objetivo da Colossal vai muito além disso. Agora, eles estão trabalhando para “reviver” outras três espécies icônicas: o mamute-lanoso , o dodô e o lobo-da-tasmânia 3.
O Plano Para Reviver o Mamute-Lanoso
O primeiro alvo da Colossal é o mamute-lanoso , que viveu durante a Era do Gelo e foi extinto há cerca de 4 mil anos . Para recriá-lo, a empresa já realizou experimentos iniciais, criando um rato-lanoso com características do mamute, como pelos longos e metabolismo adaptado ao frio extremo 1.
A ideia é usar o elefante-asiático , parente próximo do mamute-lanoso, como base para introduzir genes da espécie extinta. Isso permitiria criar um animal híbrido capaz de sobreviver em climas semelhantes aos da era glacial. O objetivo final? Restaurar ecossistemas degradados, como a tundra ártica, onde o mamute ajudaria a revitalizar a vegetação nativa e reduzir as emissões de carbono 7.
O Retorno do Dodô: Um Símbolo de Extinção
Outro alvo ambicioso da Colossal é o dodô , uma ave não voadora que habitava a ilha de Maurício e foi extinta no século XVII devido à caça e à introdução de predadores invasores. Com DNA preservado em ossos e penas fossilizadas, os cientistas estão tentando recuperar traços genéticos únicos dessa espécie 3.
Se bem-sucedidos, os pesquisadores esperam reintroduzir o dodô em ecossistemas controlados para estudar seu impacto e papel ecológico. Além disso, o retorno do dodô pode servir como um lembrete poderoso dos erros humanos que levaram à sua extinção, incentivando esforços de conservação no presente 8.
O Lobo-Da-Tasmânia: Uma Criatura Fascinante
Por fim, temos o lobo-da-tasmânia , também conhecido como tigre-da-tasmânia . Esta espécie foi declarada extinta no início do século XX, vítima de caça indiscriminada e perda de habitat. A Colossal planeja usar amostras de DNA preservadas em museus para recriar esta criatura fascinante 3.
O lobo-da-tasmânia era um predador único, com características que o tornavam diferente de qualquer outro animal existente. Sua reintrodução poderia ajudar a restaurar ecossistemas australianos, onde ele desempenhava um papel crucial como predador natural 1.
Promessas e Desafios da Desextinção
“‘Estamos desenvolvendo tecnologias que nunca existiram antes,’ disse Ben Lamm , CEO da Colossal. ‘Elas podem transformar não só a conservação, mas também a biologia reprodutiva humana e animal'” 4.
No entanto, essa iniciativa não está livre de controvérsias. A comunidade científica e ambientalista levanta questões importantes sobre a ética da desextinção. Reintroduzir espécies extintas pode causar desequilíbrios nas cadeias alimentares e nos ecossistemas atuais. Além disso, há preocupações sobre o foco de recursos financeiros e tecnológicos em projetos de desextinção, enquanto muitas espécies vivas correm risco iminente de extinção 5.
Conclusão: Corrigindo Erros ou Criando Novos Problemas?
A desextinção é um campo cheio de promessas e desafios. Enquanto algumas pessoas veem esses avanços como uma forma de corrigir erros do passado, outras questionam se estamos prontos para lidar com as consequências dessas intervenções.
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